O pensamento Max Gehringer aplicado ao futebol
2) Neymar xingou o técnico, que pediu à diretoria seu afastamento por 15 dias. O problema é que o Santos, que depende muito do atacante, teria Corinthians e Cruzeiro pela frente, rivais diretos na briga pelo título.
3) Nessa hora, Dorival deve ter pensado que poderia prejudicar o clube, os outros jogadores, e até mesmo seu trabalho. Como bem sabe quem aplica em ações, nem sempre o pensamento a longo prazo (conter o ego de Neymar) bate a necessidade imediata (vencer os concorrentes diretos). Um jogo de gancho e uma conversa dura poderiam ter funcionado para todos os envolvidos.
4) A diretoria impôs apenas um jogo de gancho. Dorival fingiu ter aceitado, mas, na hora H, disse à imprensa que a punição perduraria. Pensou que a diretoria santista não faria retaliação. Foi demitido, saiu como símbolo de ética etc etc., mas sua postura "corporativa" não foi das melhores.
5) Imagine se a situação ocorre em uma empresa de jornalismo. Você é um editor e seu melhor repórter desrespeita sua autoridade. Você vai ao diretor de redação e pede uma punição. O diretor aplica a punição que ele considera necessária. Você diz que gostaria de uma maior, mas que aceita a imposta. Só que a descumpre. O que esperaria disso?
Claro que, como diz a Milly, a hierarquia se complica quando o subordinado ganha 5 vezes mais que seu chefe.
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ResponderExcluirMauricio,
ResponderExcluirhá um ponto, o quarto, que não "compro" (ele faz com que o quinto também dance): duvido que Dorival tenha fingido aceitar algo. Esta é a versão da diretoria santista. E atende aos interesses deles, do procurador de Neymar e, principalmente, dos investidores que seguraram o 'garoto' por aqui.
Acho mais plausível (mesmo grau especulativo) que a diretoria santista tenha imaginado que a solução do "1 jogo apenas" estava implícita.
Diretoria que já havia deixado claro o processo de fritura do téc. ao convidar o jogador 'afastado' para assitir o jogo de camarote, em Campinas.
Quanto ao aspecto "corporativo" da hierarquia, considero que a perda foi da "empresa". O empregado demitido se preocupou mais com a imagem do clube e de seu patrimônio do que os de cima. Estes fizeram o que se faz comumente por aqui: cuidaram de seus próprios rabos (lembrando sempre: não são eles que pagam as contas, eles não se preocupam com lucro, eficiência, etc. clubes de futebol botam a conta no dos outros, sempre).
abs,
Léo
É só especulação Léo, mas eu acho que, ao final do jogo de gancho, o Dorival percebeu que a marra do moleque não tinha diminuído e decidiu se impor.
ResponderExcluirEu entendo o comportamento dele, já vi muitos profissionais se sentirem desrespeitados por um subordinado e pedirem a cabeça do cara para o chefe. Há uma linha tênue entre fazer prevalecer a ética e se deixar dominar pelo ego. Acho que o Dorival teve um pouco de cada.
O Dorival estava com a razão. O jogador desrespeito. Pede desculpas, paga multa, se enquadra, obedece. E mostra em campo dedicação.
ResponderExcluirMas do Dorival exagerou. Queria afastar o jogador do time, um jogador que o Santos se esforçou pra segurar. E que não está contundido: como o Robson, o Fred, o Marcelo Matos. Aí o Dorival pisou na bola. Realmente não entendi.
Falou tudo, Roberto.
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